Nem escravo nem senhor, o homem que nos tempos da escravidão nasceu livre, ou de algum modo ascendeu a essa condição, era um estigmatizado enquanto força de trabalho. E quando a Abolição aparece no horizonte, ele, que poderia ser empregado no lugar dos escravos nas lavouras, é preterido pelo imigrante europeu. Tudo porque, pelo menos para os fazendeiros, era considerado um vagabundo, indisciplinado e incompetente.Em Trabalho e vadiagem, Lúcio Kowarick estuda a formação do mercado de trabalho livre no Brasil, da época da escravidão até o início do século XX. Buscando captar no curso da história brasileira a origem da marginalização de vastos contingentes de nossa população, o livro é de uma surpreendente atualidade, levando-nos a detectar no tratamento da mão de obra de hoje as mesmas situações encontradas no passado.Lançado originalmente em 1987, este ensaio, que se tornou um pequeno clássico da sociologia brasileira, é agora acrescido de um capítulo inédito, em que se analisa o modo e condição de vida dos chamados despossuídos no campo e na cidade. Gênero: humanidades Ano: 2019 Edição: 1ª Número de páginas:168 Acabamento: Brochura Formato (Lcm x Acm):14x21