Setenta anos após sua primeira publicação em húngaro, este clássico redescoberto da literatura do Holocausto recebe sua primeira edição em língua portuguesa. Um relato profundamente humano sobre o horror dos campos de concentração, sob o olhar de um de seus sobreviventes. Ao saltar do trem, um grupo de judeus é direcionado a dois caminhos: à esquerda, aqueles julgados sem serventia, imprestáveis para o trabalho forçado, que seriam executados em menos de uma hora; à direita, os que seriam encarcerados e escravizados, cujos corpos seriam destituídos de qualquer tipo de humanidade mas que seguiriam vivos. József Debreczeni foi um dos que tiveram sorte . Passou doze meses atrozes de servidão em uma série de campos de concentração, terminando no Crematório Frio, como era chamado o hospital de Dörnhau, onde os prisioneiros fracos demais para trabalhar eram deixados para morrer.Publicado originalmente em húngaro em 1950, O crematório frio nunca fora traduzido devido às hostilidades da Guerra Fria e do antissemitismo. Passaram-se mais de sete décadas até este livro ser vertido em quinze idiomas, finalmente inserindo-o no rol das grandes obras da literatura sobre o Holocausto.Debreczeni obriga o leitor a imaginar seres humanos em circunstâncias impossíveis de compreender intelectualmente, revelando-nos uma sociedade assombrosa. Como ressalta o posfácio de Michel Laub à edição brasileira, este relato é um registro histórico mas que, em tempos sombrios de extremismo político, faz também as vezes de uma súplica: que o passado não volte a se repetir. Um testemunho poderoso e profundamente humano sobre o horror dos campos de concentração. Karl Ove Knausg rd Uma contribuição crucial para a literatura sobre o Holocausto, um livro que amplia nossa compreensão da vida em Auschwitz. Wall Street Journal Debreczeni escreve com uma clareza cinematográfica, com determinação em fazer o detalhe triunfar sobre a desumanização em massa. The Telegraph