Era uma vez um mundo que não era apenas perfeitamente dividido em economias prósperas e retrógradas, mas os bebês também eram abundantes, havia mais trabalhadores do que aposentados e as pessoas desejavam ter suas próprias casas e carros. As empresas não precisavam enxergar além da Europa e dos Estados Unidos para terem sucesso. O dinheiro impresso era a moeda corrente para todas as dívidas, públicas e privadas. Na escola, eles nos diziam como deveríamos ?participar do jogo?, e crescemos pensando que as regras permaneceriam as mesmas quando conseguíssemos nosso primeiro emprego, criássemos uma família, víssemos nossos filhos saírem de casa e nos aposentássemos. Esse mundo ? e essas regras ? não existem mais. Em 2030, teremos uma nova realidade e, antes que você perceba: ? Haverá mais avós do que netos ? A classe média na Ásia e na África Subsaariana superará, em número, a dos EUA e da Europa combinados ? A economia global será impulsionada pelo consumidor não ocidental pela primeira vez na história moderna ? Haverá mais riqueza global nas mãos das mulheres do que dos homens ? Haverá mais robôs do que trabalhadores humanos ? Haverá mais computadores do que cérebros humanos ? Haverá mais moedas do que países Todas essas tendências, atualmente em curso, convergirão no ano de 2030 e mudarão tudo o que você sabe sobre cultura, economia e o mundo. Segundo Mauro F. Guillén, a única maneira de entender verdadeiramente as transformações globais que estão ocorrendo ? e seus impactos ? é pensar lateralmente. Ou seja, usar a ?visão periférica? ou abordar os problemas de forma criativa, de pontos de vista não ortodoxos. Em vez de focar em uma única tendência ? mudanças climáticas ou ascensão de regimes autoritários, por exemplo ? Guillén nos incentiva a considerar a interação dinâmica entre uma variedade de forças que convergirão para um único ponto de inflexão ? 2030 ? que será, para melhor ou para pior, o ponto irreversível.